Aula 10- A Civilização de Eça de Queirós

Uma reflexão sobre sociedade e tecnologia

Interessante identificar em uma história que foi publicada em 1901 traços que refletem a sociedade atual.

Faziam-se presentes na vida de Jacinto comodidades e artefatos que eram considerados como tecnologias de ponta naquela época, até mesmo porque eram artigos de luxo , nem todo mundo possuía, havia uma distinção em relação aos que vivia no campo e na cidade, o que não é muito diferente na época atual, onde a sociedade é classificada por classes.

Uma vasta biblioteca, banho quente, festas luxuosas entre outras coisas que tornavam a vida de Jacinto muito mais fácil e que deixaram seu amigo perplexo, por não ter acesso a tais itens, garantiam acima uma visão de que essa era a melhor forma, ou mais digna de se viver.

Ao viajar para o campo jamais passaria pela cabeça de Jacinto que seus itens mais preciosos não chegariam ao local de destino, e que o mesmo conseguiria sobreviver sem seus pertences criteriosamente escolhidos.

Esse pensamento não é algo que nos surpreende, pois com certeza em algum momento de nossas vidas nos pegamos pensando como poderíamos viver sem determinadas inovações tecnológicas que temos atualmente.

Quando indagados sobre ir para uma ilha deserta, o que nos passa inicialmente pela cabeça é o que levaríamos; crianças e jovens não se veem em um mundo onde não pudessem ter internet, computadores, telefones, vídeo games, imagine sem poder tomar banho quente.

Em seu trabalho, Eça de Queirós mostra que é possível ser feliz sem tais tecnologias, e o mais importante é o fato de encontrar uma nova forma de viver se desprendendo dessas coisas.

Principalmente a nova geração deveria ter acesso a trabalhos assim, pois coisas importantes acabam se tornando obsoletas com as inovações, um bom exemplo disto é a biblioteca.

Alguns avanços tecnológicos a partir de 1901